A locação de usina solar é uma alternativa estratégica para quem deseja investir ou atuar no mercado de geração distribuída (GD) sem precisar assumir todo o investimento inicial e operacional.
Nesse modelo, a empresa ou investidor aluga a infraestrutura da usina para gerar energia limpa, que é injetada na rede ou compensada por créditos, resultando em receita recorrente.
Ao entender como funciona a locação de usina solar, você passa a conhecer os mecanismos que garantem previsibilidade, controle de riscos e retorno (ROI solar) com foco em investidores solares e integradores. Neste artigo, vamos destrinchar esse modelo, seus benefícios, pontos de atenção e como se estrutura para que tanto investidores quanto integradores façam a escolha certa.
Sumário
O que é locação de usina solar
A locação de usina solar refere-se ao contrato pelo qual uma parte (locador) disponibiliza para outra (locatário ou investidor) a infraestrutura de geração fotovoltaica, para que esta beneficie dos ganhos da energia gerada, seja por créditos de energia ou pela compensação junto à concessionária.
Esse modelo se conecta diretamente ao conceito de geração distribuída, ou GD, onde os sistemas de geração ocorrem próximos ou em paralelo ao consumo, muitas vezes via autoconsumo remoto ou compartilhado.
Em vez de adquirir e operar diretamente uma usina, o investidor ou integrador opta por “aluguel de usina”, delegando a operação à empresa que administrará a entrega dos serviços e garantindo, assim, uma receita previsível.
Alguns dos termos que você encontrará nesse contexto incluem: energia compartilhada, contratos de energia, consumidores cativos, aluguel de usina, entre outros.
Principais características da locação de usina solar
- O locador assume o investimento e a instalação da usina ou vem com a infraestrutura já existente.
- O locatário recebe parte da geração ou utiliza os créditos para compensar o consumo da sua unidade (caso seja GD).
- O contrato define prazos, responsabilidades de manutenção, parâmetros de geração e desempenho, e fórmula de remuneração.
- A receita recorrente é estruturada para quem investe visando retorno no médio ou longo prazo.
- O modelo favorece investidores que desejam entrar no mercado de energia limpa sem os riscos operacionais completos.

Por que investir em locação de usina solar?
Benefícios para investidores solares
- Receita previsível: Contratos com parâmetros de geração, performance mínima, e cronograma de pagamento.
- Redução de risco operacional: A locação transfere parte da complexidade operacional para o locador/operador.
- Acesso à geração distribuída: Mesmo sem consumir diretamente a energia, o modelo permite se beneficiar da GD.
- Alinhamento com sustentabilidade: Energia limpa e renovável, o que potencialmente melhora a imagem da empresa/investidor e se conecta com credibilidade de mercado.
- Diversificação de portfólio: Para quem é investidor, adicionar aluguel de usina ao mix de ativos amplia a segurança e fortalece o ROI solar.
Benefícios para integradores e operadores
- Parceria com investidores: O modelo facilita a viabilização de projetos que não precisam captação direta de clientes finais.
- Gestão de contratos de energia: O integrador foca em operação, manutenção e performance da usina, deixando a captação do investidor como parte do modelo.
- Escalabilidade: Com o modelo de locação de usina solar, é possível replicar o modelo em diferentes locais, com contratos padronizados e performance controlada.

Como funciona o modelo na prática
Etapas principais
- Seleção do local e usina: Identificar/ter a usina ou infraestrutura existente que será objeto da locação.
- Dimensionamento da geração: Avaliar o perfil de consumo (se for compensação) ou a estimativa de geração/receita se for para venda ou aluguel puro.
- Negociação do contrato de locação: Definir prazo, valor fixo, variável por performance, responsabilidades de manutenção, riscos assumidos, etc. Modelos contratuais apontam para locação de sistema gerador fotovoltaico, muitas vezes com cláusulas de performance mínima.
- Instalação ou ativação da usina: Se novo projeto, execução das etapas de habilitação, autorização da concessionária, conexão, geração.
- Operação, monitoramento e manutenção: O locador/operador normalmente responde pela performance da usina, manutenção e garantia de geração.
- Remuneração e contrato de energia: O locatário passa a receber créditos ou compensações da usina, ou um pagamento fixo/mensal conforme contrato — o que configura a receita recorrente.
- Acompanhamento e relatórios: Relatórios de performance, geração, possíveis penalidades ou incentivos para performance excedente, conforme contrato.
Forma de remuneração
O contrato usualmente define uma composição entre:
- Valor fixo pelo aluguel da usina ou sistema.
- Valor variável atrelado à performance (kWh gerado acima do alvo).
O uso de “taxa de performance” é comum para alinhar interesses.
Geração e créditos em GD
Quando a usina participa do sistema de geração distribuída, a energia gerada pode gerar créditos que compensam o consumo de consumidores cativos ou pode ser injetada na rede para geração de receita — ou ambos. Isso permite ao investidor ou locatário participar do universo de energia compartilhada.
Exemplo de funcionamento:
- Usina injetando energia → créditos para conta de luz de unidade consumidora associada.
- Contrato de energia com valor mínimo de geração + bônus por excedente.
Assista: neste vídeo, explicamos de forma simples e visual como funciona a locação de usina solar na prática — desde a geração de energia até a remuneração dos investidores.
4. Aspectos contratuais e regulatórios importantes
Contrato de locação de usina solar
Como vimos, há modelos de contrato estabelecendo a locação, com cláusulas que definem objeto, prazo, valor, obrigações de manutenção, performance da usina, etc.
É vital analisar:
- Prazo de vigência e renovação automática.
- Valor mínimo garantido de geração ou performance alvo.
- Responsabilidades por manutenção, operação, seguros.
- Como se dá a remuneração: fixo + variável ou apenas fixo.
- Cláusulas de penalidade, rescisão e cessão.
- Garantias de que a usina está habilitada sob o regime de GD, com todas as autorizações.
- Cobertura de riscos: radiação solar, risco climático, falhas operacionais, etc.
Regulamentação da GD
O modelo de geração distribuída (GD) brasileiro se apoia em normativas como a REN 482 e a REN 687, que definem como a energia solar pode ser conectada à rede, compensada e estruturada. No modelo de locação de usina solar, é importante que os contratos estejam alinhados com essas normativas. Scribd
Consumidores cativos e mercado livre
Os consumidores cativos (clientes das concessionárias tradicionais) são parte importante da equação da GD e da locação de usina. Eles podem usar os créditos gerados pela usina para compensar seu consumo ou participar de contratos com o locador.
Em modelos onde há comercialização de energia, pode haver contratos de energia específicos que definem termos, tarifas, prazos e compensações.
Principais termos que você deve conhecer sobre locação de usina solar
- Geração distribuída (GD): geração próxima ou no local de consumo, por exemplo, a usina que está locada ou próxima ao consumidor.
- Energia compartilhada: quando uma mesma usina atende múltiplas unidades consumidoras ou investidores, gerando créditos ou divisão de receita.
- Aluguel de usina: modelo pelo qual se aluga a infraestrutura de geração para fins de geração de energia ou créditos.
- Contratos de energia: contratos que definem a compra/venda de energia ou compensação entre partes.
- Receita recorrente: fluxo de pagamento contínuo pelo investimento ou locação da usina.
- ROI solar: retorno sobre o investimento em usinas solares ou modelos de locação.
- Consumidores cativos: unidades conectadas à rede de distribuição tradicional, que podem usar créditos de GD.
- Energia limpa: geração sem emissão de carbono, como é o caso da energia solar.
- Investidores solares: pessoas ou empresas que aportam capital em projetos de geração de energia solar, incluindo locação de usina solar.
- GD locação: termo que combina geração distribuída com o modelo de locação de usina.
Vantagens e desafios da locação de usina solar
Vantagens
- Acesso facilitado ao mercado de energia limpa sem investimento inicial completo.
- Modelo que favorece investidores que buscam receita previsível e redução de risco operativo.
- Integração com a GD permite que consumidores cativos participem da geração ou compensação.
- Possibilidade de contratos bem estruturados com performance mínima e bônus.
- Agilidade na implementação comparada à construção do zero de uma usina pelos investidores.
Desafios
- Dependência da performance da usina (radiação, operação, manutenção).
- Contratos precisam ser bem desenhados: prazo, valores, responsabilidades.
- Risco regulatório: mudanças nas normas de GD podem afetar modelos.
- Manutenção técnica e operacional para garantir geração conforme promessa.
- Mercado em transição: integração de crédito de carbono, sistemas híbridos e novos modelos requerem adaptação constantes.
Checklist para avaliar um contrato de locação de usina solar
- Verifique se a usina está habilitada para GD e se está regularizada junto à distribuidora.
- Confirme os valores: valor fixo mensal + critério de remuneração variável por performance.
- Avalie o prazo e condições de renovação ou rescisão.
- Analise quem assume manutenção, seguros e riscos operacionais.
- Verifique se há cláusulas de geração mínima ou garantia de performance.
- Certifique-se de que os créditos de energia ou compensações estão bem definidos (consumidores cativos, energia injetada).
- Confirme se o contrato aborda “energia compartilhada” ou múltiplas unidades consumidoras.
- Avalie o ROI solar estimado, considerando CAPEX, OPEX, e fluxo de pagamento do contrato.
- Verifique se o modelo está alinhado com as regulações de geração distribuída (GD).
- Avalie o cenário de fim de contrato ou renovação e possíveis multas ou taxas.
O aluguel de usinas solares faz parte do futuro do setor
Entender como funciona a locação de usina solar é essencial para quem busca investir ou atuar no mercado de geração distribuída, energia compartilhada ou modelos de aluguel de usina. Esse modelo oferece uma combinação poderosa de receita recorrente, menor risco operacional e alinhamento com a transição para energia limpa. Desde o contrato inicial até o acompanhamento da geração, cada passo deve ser planejado e bem estruturado para garantir retorno e segurança ao investidor e ao operador.
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Perguntas frequentes sobre locação de usina solar
1. O que significa locação de usina solar?
É o contrato pelo qual uma parte aluga a infraestrutura de geração fotovoltaica para outra parte, que recebe a geração de energia ou créditos decorrentes, sem necessariamente adquirir os equipamentos ou ser responsável por toda a operação. Este modelo permite acesso à geração distribuída e modelo de aluguel de usina com receita recorrente.
2. Quem pode investir em locação de usina solar?
Investidores solares (empresa ou pessoa física) ou integradores que desejam estruturar modelos de receita previsível em geração distribuída. Também consumidores cativos ou empresas que queiram participar de energia compartilhada via GD podem atuar como locatários ou parceiros.
3. Como é calculado o ROI no modelo de locação de usina solar?
O ROI solar considera o valor do contrato de locação, o desempenho real da usina, custos operacionais, prazo contratual e valor dos créditos ou compensações de energia. Modelos de contrato costumam incluir valor fixo + taxa de performance para garantir incentivo de geração.
4. Quais riscos existem no modelo de locação de usina solar?
Riscos incluem desempenho reduzido da usina (radiação, equipamentos, manutenção), mudanças regulatórias na geração distribuída, falhas contratuais ou de manutenção, e prazos contratuais mal definidos ou com cláusulas de penalidade.
5. A locação de usina solar é vantajosa para consumidores cativos?
Sim. Consumidores cativos podem se beneficiar da geração distribuída sem gastar em CAPEX, aproveitando créditos ou compensações da usina alugada. Isso permite reduzir custos de energia e participar do ecossistema de energia renovável sem ser propriamente proprietário da usina.