O mercado livre de energia, ou Ambiente de Contratação Livre, abriu parcialmente suas portas em janeiro de 2024 e já bateu o recorde de 2.460 mil unidades consumidoras migrando para esse mercado.
Esse mercado abriu as portas para consumidores de média e alta tensão desde janeiro e já começou o ano batendo recordes, como informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo a CCEE, é uma verdadeira “corrida ao ouro” no setor de energia e não é por menos, já que no mercado livre de energia, os consumidores têm a total liberdade de negociar as melhores condições e contratos diretamente com fornecedores de energia.
Nessa corrida ao ouro para entrar no mercado livre de energia, os estados de São Paulo, migrou cerca de 756 unidades consumidoras, significando um total de 30%; seguido pelo estado do Rio de Janeiro, com 258 unidades migrando, representando o total de 10,5%; e fechando o terceiro lugar com o Rio Grande do Sul, com 235 unidades consumidoras, sendo um total de 9,95%.
As previsões para o mercado livre de energia são promissoras, pois segundo a base de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estima-se um potencial de mais de 14,3 mil novas migrações ainda no ano de 2024.
Inclusive, a maioria dos consumidores que fizeram a migração para o mercado livre de energia são consumidores varejistas que representam 1.872 unidades, seguidos por consumidores especiais, com 460 unidades e consumidores livres, com 123 unidades consumidoras que fizeram a migração.
Marcelo Loureiro, conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), diz que muitos consumidores ainda vão comunicar às distribuidoras de energia sua intenção de sair do modelo tradicional para o mercado livre ainda nos próximos meses.
Para o vice-presidente da Abraceel, Bernardo Sicsú, esse novo ciclo de expansão iniciado em janeiro é uma forma do consumidor retomar o seu poder de escolha.
Como destaca Sicsú, “são milhares de unidades, principalmente empresas, que estão deixando um ambiente cativo, onde elas estavam sujeitas a contratações compulsórias, reservas de mercado, riscos indevidamente alocados no seu colo (como é o risco hidrológico) e que estão indo para um novo ambiente onde elas estão no centro da decisão para escolher e negociar as condições mais vantajosas de fornecimento”.
O processo para entrar no mercado de livre de energia não é exatamente um processo fácil e precisa de orientação especializada e, por isso, desde o ano passado muitos desses consumidores já vinham se preparando para entrar no mercado livre de energia, quando foi divulgada que shoppings, academia, supermercados e padarias, por exemplo, estão aptos a entrarem no ambiente de contratação livre.
Portanto, para realizar a passagem do mercado cativo para o mercado livre de energia, os consumidores do Grupo A, com contas acima de R$10 mil, podem buscar ajuda de uma empresa com experiência no mercado.