De olho na energia renovável, ministros das 7 maiores economias do mundo, o G7, se reuniram em Turim, Itália, no final de abril deste ano para definir um acordo para fechar usinas de carvão até 2035, definindo um marco que levará o planeta na direção a energia solar e a transição energética e ao fim, de fato, do uso de combustíveis fósseis.
A reunião com os Ministros do Meio Ambiente, Clima e Energia do G7 se reuniram na Itália para traçar estratégias ambientais para enfrentar as mudanças climáticas que já podem ser sentidas por todo o planeta.
O comunicado oficial dessa reunião ficou detalhado os compromissos que as sociedades precisam fazer para iniciar o processo de descarbonização.
“Há um acordo técnico, selaremos o acordo político na terça-feira (30)”, disse o ministro italiano da Energia, Gilberto Pichetto Fratin, presidente do encontro, durante entrevista com a imprensa.
A declaração também inclui uma proposta como objetivo alternativo de eliminação progressiva de usinas de energia a carvão, “em um cronograma consistente com a manutenção de um limite de aumento de temperatura de 1,5ºC, de acordo com os caminhos de emissão líquida zero dos países”.
Durante a reunião também foram discutidos o papel da energia nuclear e o uso de biocombustíveis.
Pichetto adiantou que ambas serão mencionadas no comunicado como opções que as sete maiores economias do mundo poderão escolher para atingir o objetivo de descarbonização de suas indústrias de energia e transportes.
A percepção das mudanças climáticas pelos brasileiros
Mais de 95% da população brasileira diz ter consciência das mudanças climáticas, enquanto 3,5% dizem não ter consciência.
Um por cento não souber opinar ou não quis responder à pesquisa de opinião sobre a percepção pública da ciência e tecnologia (C&T), divulgada no dia 15 de maio deste ano, em Brasília pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Acontece que o resultado dessas mudanças está a cada dia se tornando mais perceptíveis e os danos causados, como a enchente que afetaram mais de 470 mil pessoas na Bahia em 2021 e agora no Rio Grande do Sul (RS).
Fontes de energia renovável alternativa
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que o potencial do Brasil na produção de energia limpa é fundamental para o processo de revitalização da indústria brasileira.
“As fontes renováveis tem uma participação de 47,4% na nossa matriz energética. Um percentual superior à média de 14,1% do mundo”, afirma Andrade.
Dentre essas fontes de energia renovável, podemos contar com a energia solar que é mais acessível e barata.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que participou de diversos eventos, encontros, reuniões e debates ao longo da COP 28, reconheceu, de forma inquestionável, o papel estratégico das energias renováveis na redução de emissões de gases de efeito estufa e no combate às mudanças climáticas que ameaçam a humanidade.
Planos para um futuro mais sustentável
Pelas políticas atuais, o G7 deverá reduzir as emissões em 19% a 33% em seis anos, em comparação com os níveis de 2019. “Isto representa, na melhor das hipóteses, cerca de metade do que é necessário, o que estimamos ser reduções de pelo menos 58% durante o mesmo período”, completou.
O acordo do G7 para encerrar as usinas de carvão até 2035 é um passo crucial na direção certa, mas ainda há muito a ser feito para combater as mudanças climáticas.
A energia renovável, como a solar, eólica e biomassa se apresenta como um aliado essencial nesse processo, oferecendo uma alternativa limpa, renovável e abundante aos combustíveis fósseis.
As fontes de energia renováveis, como a solar, eólica e hidrelétrica, oferecem uma alternativa viável e sustentável aos combustíveis fósseis. Elas não emitem gases de efeito estufa, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
Além disso, geram energia renovável e limpa, o que significa que não se esgotam e podem ser utilizadas por muito tempo.
O Brasil detém um enorme potencial para a geração de energia renovável. O país possui uma das maiores insolações do mundo, o que o torna ideal para a produção de energia solar. Além disso, temos um grande potencial eólico e hidrelétrico.
O compromisso do G7 com o fim do carvão, com o potencial do Brasil para gerar energia renovável, pinta um futuro promissor na luta contra as mudanças climáticas.
A transição para um sistema energético mais limpo e sustentável trará benefícios para o meio ambiente, a economia e a sociedade como um todo.
Fonte: G7 chega a acordo para fim de usinas a carvão até 2035