O Brasil se destaca entre os 18 países onde a energia solar fotovoltaica atinge uma participação significativa, superior a 10%, segundo um estudo realizado pelo Programa de Sistema Fotovoltaicos da Agência Internacional de Energia (IEA PVPS). Esse índice avalia a relevância da energia solar em atender à necessidade de eletricidade de cada nação, considerando a capacidade total instalada de geração solar.
A publicação destaca que o número de países que ultrapassam a marca de 10% de participação de energia solar fotovoltaica na geração de eletricidade duplicou em relação ao ano de 2022. Em termos globais, a energia solar contribuiu para atender aproximadamente 8% da demanda total por eletricidade.
A Espanha foi o país com o maior índice de penetração de energia solar fotovoltaica, com 21,1% em 2023. Seguindo os mesmo passos, a Holanda, Chile, Grécia e Austrália completam as cinco primeiras colocações.
Superando a China, o líder global em capacidade instalada, o Brasil atingiu a 17ª posição com 10,5%.
Ainda segundo o estudo realizado pelo IEA PVPS, o mundo chegou a marca de 1,6 terawatts (TW) de capacidade instalada acumulada de energia solar fotovoltaica no final de 2023. Quase o dobro do resultado de 2022, mais de 400 gigawatts (GW) foram acrescentados. Esse crescimento de 80% não era registrado desde 2011.
Crescimento da capacidade instalada pelo mundo
Pelo menos 29 nações instalaram mais de 1 GW de energia solar em 2023, 25 a mais que foram instalados em 2022. O estudo também mostra que 18 países contam com mais de 10 GW de capacidade acumulada da fonte fotovoltaica e 5 superam 40 GW.
A China sozinha, por exemplo, responde por mais de 600 GW de capacidade acumulada. O Brasil chegou ao final do ano na sexta posição, com 37 GW.
A capacidade instalada de energia solar, medida em watt-pico, demonstra a capacidade máxima de um painel ou de uma usina fotovoltaica sob condições ideais de funcionamento. Já a geração elétrica é medida em Watt-hora e demonstra a energia produzida ao longo de um período de tempo.
Geração de energia solar fotovoltaica e capacidade instalada
Quando o assunto é geração própria de energia solar fotovoltaica, o Brasil vem se destacando neste contexto.
Segundo o Portal Solar, de janeiro a março, houve um investimento recorde de cerca de R$ 8 bilhões para sistemas de geração de energia solar fotovoltaica próprios em telhados de casas e de empresas brasileiras.
A empresa considerou os relatórios oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Apenas no primeiro trimestre de 2024, cerca de 200 mil novos consumidores fizeram a adoção de energia solar fotovoltaica. A motivação para esse salto, pode ser dois: economizar na conta de luz ou simplesmente um aumento do interesse por algum tipo de alternativa de energia renovável.
Ainda no mesmo período, foram adicionados em torno de 2 GW de capacidade em operação nos telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil.
Os sistemas solares instalados no primeiro trimestre de 2024, de acordo com a pesquisa, totalizam aproximadamente 100 mil novas conexões em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais, que resultaram na criação de cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos em todo o Brasil.
Uma parte do aumento do interesse está relacionada à redução no custo da instalação dos equipamentos, onde nos últimos 12 meses, houve uma queda de aproximadamente 40%.
Esse crescimento também é impulsionado pelo aumento no consumo de energia devido ao calor, pelo aumento nas tarifas de eletricidade no Brasil e pela busca por mais independência e conforto térmico.
Desde 2012, o Brasil acumula mais de 28 GW de potência proveniente de fonte solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos, abastecendo mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras, conforme levantamento do Portal Solar.
Fonte: Energia solar supera 10% de penetração no Brasil e mais 17 países