No primeiro trimestre de 2024, o Brasil consumiu em média 72.416 MW, sendo 5% maior se comparado com o mesmo período do ano anterior, e o consumo no mercado de energia livre foi de 7,6%, segundo balanço feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O aumento no consumo de energia, tanto no mercado cativo quanto no mercado livre de energia, se dar pelo aumento das temperaturas em boa parte do país e também da atividade mais intensa nos setores como serviços, comércio e nas indústrias alimentícia e de bebidas.
No mercado regulado, ou mercado cativo, como também é conhecido, ambiente o consumidor só tem acesso à energia fornecida pela distribuidora local, cresceu cerca de 3,5% no comparativo anual. Esse aumento se deu pelo uso mais intenso de ventiladores e ar-condicionado pelos consumidores.
Já no mercado de energia livre, ambiente onde o consumidor tem a liberdade de escolher o seu fornecedor de energia e negociar as condições que forem mais adequadas para suas necessidades, houve um crescimento de 7,6%.
Os setores que mais consumiram energia elétrica
No balanço feito pela CCEE, houve diversos setores monitorados, 15 desses setores monitorados tiveram os aumentos mais expressivos como: Saneamento com 30%; Serviços com 21,3%; e Comércio com 19%.
Em parte desse volume se dar pela abertura parcial do mercado de energia livre no início de 2024, onde vários consumidores conseguiram fazer a migração para esse ambiente, além do desempenho econômico destes ramos.
Indo contra o aumento, apenas a indústria têxtil teve uma redução de 0,01%, no comparativo anual.
Consumo de energia de acordo com a região
Além do consumo no mercado de energia livre, os setores apontados pelo balanço, o consumo por região também foi levado em consideração. Uma vez que entre os estados do país, as maiores variações de consumo foram registrados no Amazonas, com 23%; seguido pelo Acre, com 18%; e Tocantis, com 12%.
O aumento nessas regiões se dar também pelo aumento das temperaturas e menor volume de chuvas. Entretanto, o cenário se inverte nas regiões sul e sudeste, com o clima mais chuvoso, Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, tiveram uma redução no consumo de energia de 1,6% e 1,3%, respectivamente.
Sistema de geração de energia
As hidrelétricas ficaram responsáveis por entregar ao Sistema Interligado Nacional (SIN), 56,9 mil MW médios, com volume de 1,6% maior na comparação com os três primeiros meses do ano de 2023.
Além disso, houve uma queda de 12,3% na produção dos parques eólicos, que entregaram cerca de 7,7 mil MW médios. Contudo, as fazendas solares chegaram a produzir 2,9 mil MW médio, obtendo um crescimento de 47,9%.
As usinas térmicas também sofreram um aumento em 20,2% da sua geração no mesmo período.