Uma cooperativa de energia solar é uma iniciativa colaborativa que permite que várias pessoas ou empresas se unam para produzir energia solar e compartilhar seus benefícios, tanto econômicos quanto ambientais.
Com o mercado de energia solar no Brasil crescendo rapidamente – com mais de 16,8% da matriz elétrica nacional já sendo solar – muitas pessoas estão buscando formas de participar dessa revolução energética sem precisar investir individualmente em usinas fotovoltaicas.
Essas cooperativas de energia solar permitem que seus membros acessem energia limpa e mais barata, ao mesmo tempo, em que reduzem os custos de instalação e manutenção de sistemas solares.
Além disso, elas são um exemplo claro de como a energia compartilhada pode trazer benefícios financeiros e contribuir para a sustentabilidade.
O sucesso do mercado de energia compartilhada, incluindo cooperativas, está sendo impulsionado pelos incentivos governamentais e a queda nos custos dos equipamentos.
Se você está interessado em saber mais sobre como participar ou fundar uma cooperativa de energia solar, continue lendo! Descubra quantas pessoas são necessárias, como encontrar pessoas interessadas e as vantagens de se unir a esse movimento.
Por que montar uma cooperativa de energia solar?
Montar uma cooperativa de energia solar é uma escolha estratégica para quem busca autonomia energética e quer participar de um modelo de negócio colaborativo e sustentável.
Essa opção está se tornando cada vez mais atrativa no Brasil, especialmente em um cenário onde a energia elétrica tradicional vem passando por altos custos e constantes aumentos.
Com as cooperativas de energia solar, várias pessoas podem se unir para compartilhar a produção de energia solar, beneficiando-se de custos menores em instalação e manutenção.
Esse formato permite não apenas reduzir despesas energéticas, mas também democratizar o acesso à energia limpa, já que os membros da cooperativa não precisam arcar com os altos custos iniciais de um sistema solar individual, mas sim, em grupo.
Além disso, cooperativas de energia solar fortalecem o conceito de energia compartilhada, onde a geração de eletricidade é distribuída entre várias unidades consumidoras, criando uma rede de cooperação entre os participantes.
A ideia de se unir em uma cooperativa de energia vai muito além da simples divisão de custos. Trata-se de integrar-se a um movimento de responsabilidade socioambiental e de impulsionar a geração de energia renovável no país.
Em um momento em que o Brasil registra recordes no crescimento de usinas fotovoltaicas, as cooperativas de energia solar estão sendo vistas como uma solução acessível e promissora para um futuro mais sustentável.
Montar uma cooperativa de energia, portanto, vai além de ser apenas uma decisão financeira. Ela representa uma nova forma de consumo consciente e coletivo, que aproveita os incentivos fiscais e o potencial energético do Brasil.
Como a energia compartilhada vem ganhando força, as cooperativas de energia solar se consolidam como uma das principais alternativas para aqueles que desejam investir em energia renovável de forma acessível e sustentável.
Qual o número mínimo de pessoas para constituir uma cooperativa solar?
Mas, vamos à pergunta central desse conteúdo: quantas pessoas são necessárias para criar uma cooperativa de energia?
No Brasil, para constituir uma cooperativa de energia solar, é necessário reunir pelo menos 20 pessoas. Essa exigência segue a Lei n.º 5.764/71, que regula as cooperativas no país.
Além de garantir uma base mínima de membros para viabilizar a operação da cooperativa, esse número facilita a distribuição dos créditos de energia entre os cooperados, tornando a geração distribuída mais acessível e eficiente para todos envolvidos.
Essas 20 pessoas podem ser tanto físicas quanto jurídicas, desde que compartilhem o interesse em gerar e compartilhar energia por meio da cooperativa de energia solar.
O grupo de cooperados precisa estar na mesma área de concessão de uma distribuidora de energia para garantir que possam participar do sistema de compensação de créditos de energia, conforme regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Vantagens de um grupo maior de participantes
Participar de uma cooperativa de energia solar com um grupo maior de pessoas oferece vantagens que vão além da simples divisão de custos.
Esse modelo de cooperação fortalece a capacidade de geração de energia e traz benefícios tanto financeiros quanto organizacionais. Abaixo estão três pontos que detalham essas vantagens:
Economia de escala na compra de equipamentos e serviços
Uma das principais vantagens de uma cooperativa de energia maior é a capacidade de aproveitar a economia de escala.
Quanto maior o número de participantes, maior será o volume de compra de equipamentos, como painéis solares, inversores e demais itens necessários para a instalação, manutenção e monitoramento da usina fotovoltaica.
Esse aumento no volume de compras permite à cooperativa de energia solar negociar valores mais baixos, tanto nos equipamentos quanto nos serviços de instalação e manutenção.
Em grandes volumes, os custos por unidade tendem a diminuir, o que reduz o investimento inicial necessário por cada cooperado.
Além disso, os contratos de manutenção podem ser firmados com condições mais favoráveis, garantindo um custo-benefício superior ao longo do tempo.
Maior poder de negociação com fornecedores
Com mais participantes, a cooperativa de energia solar ganha uma posição de destaque nas negociações com fornecedores.
O volume de compra maior, somado à continuidade do fornecimento de serviços e equipamentos ao longo da vida útil da usina, aumenta o poder de barganha da cooperativa.
Isso pode resultar em contratos de longo prazo com melhores condições, como prazos de pagamento mais flexíveis, garantias estendidas e serviços adicionais incluídos.
Além disso, as cooperativas podem explorar oportunidades de parcerias estratégicas com empresas do setor solar, gerando ainda mais benefícios para os cooperados.
Diversidade de perfis, complementando as habilidades do grupo
Outro ponto importante de uma cooperativa maior é a diversidade de perfis e habilidades dos membros.
Diferentes cooperados podem trazer conhecimentos variados para a administração da cooperativa, como habilidades técnicas, gerenciais, financeiras e legais.
Essa diversidade permite uma gestão mais completa e eficiente da cooperativa, com maior capacidade de resolver problemas e tomar decisões estratégicas.
Com várias perspectivas e experiências, a cooperativa se torna mais resiliente e capaz de inovar, seja na gestão de energia ou na captação de novos membros.
Além disso, essa variedade de habilidades permite que a cooperativa funcione com maior eficiência operacional, tornando o empreendimento mais lucrativo e sustentável a longo prazo.
Aqui estão os pontos-chave resumidos para destacar visualmente os benefícios de ter um grupo maior em uma cooperativa de energia solar:
- Economia de escala: redução dos custos na compra de painéis solares e serviços de instalação devido ao volume maior de participantes
- Maior poder de negociação: condições mais favoráveis com fornecedores, como descontos, prazos de pagamento flexíveis e garantias estendidas;
- Diversidade de habilidades: diferentes perfis dos cooperados trazem uma gestão mais eficiente e inovadora, complementando as áreas técnicas e administrativas.
Como encontrar outros interessados em participar da cooperativa?
Encontrar outros interessados em participar de uma cooperativa de energia solar pode ser feito através de várias estratégias eficazes, combinando esforços online e offline. Aqui estão algumas abordagens detalhadas:
1. Redes sociais e comunidades online
As plataformas de redes sociais, como Facebook, LinkedIn, e grupos no WhatsApp, são ferramentas poderosas para encontrar pessoas interessadas em cooperativas de energia solar.
Participar de grupos ou fóruns focados em sustentabilidade, energia renovável e economia colaborativa pode facilitar a conexão com indivíduos que já compartilham esse interesse.
Além disso, criar anúncios direcionados nas redes sociais pode atrair pessoas que estão buscando soluções para reduzir seus custos com energia elétrica ou se interessam por sustentabilidade e energias limpas.
2. Parcerias com associações locais e ONGs
Organizações voltadas para sustentabilidade e o meio ambiente, como ONGs locais ou associações de bairro, podem ser ótimas aliadas na divulgação da cooperativa.
Essas organizações costumam ter uma base de membros já engajada em temas de sustentabilidade, o que pode facilitar a captação de novos cooperados.
Parcerias com essas entidades podem incluir workshops, palestras sobre os benefícios de uma cooperativa de energia solar e distribuição de materiais informativos.
3. Eventos e palestras sobre energia renovável
A participação ou organização de eventos, feiras e palestras sobre energia renovável é uma excelente maneira de se conectar com pessoas interessadas no tema.
Muitos municípios e instituições de ensino promovem eventos sobre sustentabilidade, que atraem um público focado em soluções de energia limpa.
Nesses eventos, é possível não só apresentar a ideia da cooperativa, mas também tirar dúvidas e construir uma rede de contatos.
4. Boca a boca e redes de contatos pessoais
Utilizar redes de contatos pessoais, como amigos, familiares e colegas de trabalho, pode ser uma estratégia simples e eficiente.
O boca a boca ainda é uma ferramenta poderosa, e quando os benefícios da cooperativa são bem explicados, é possível atrair pessoas interessadas.
Além disso, membros fundadores da cooperativa podem encorajar outros interessados a divulgar a ideia em suas próprias redes, ampliando o alcance da iniciativa.
5. Parcerias com empresas de energia Solar
Buscar parcerias com empresas instaladoras de energia solar ou consultorias especializadas também pode ajudar a encontrar potenciais cooperados.
Muitas pessoas que buscam instalar sistemas solares individuais podem se interessar em cooperativas como uma alternativa mais acessível e colaborativa.
Empresas do setor podem atuar como intermediárias, recomendando a cooperativa a seus clientes ou até mesmo oferecendo pacotes cooperativos em conjunto.
A Sunne, por exemplo, faz essa intermediação entre usinas e conectando consumidores interessados em ter economia na conta de luz a essas usinas de energia, sem precisar instalar painéis solares, lidar com burocracias e outros custos.
Próximos passos para iniciar uma cooperativa solar
Iniciar uma cooperativa de energia solar envolve alguns passos essenciais para garantir que o projeto seja viável e esteja conforme as regulamentações. Aqui estão os próximos passos para começar uma cooperativa com foco em energia solar:
1. Elaborar um plano de negócios
O primeiro passo é criar um plano de negócios sólido que contemple todos os aspectos operacionais e financeiros da cooperativa.
Isso inclui definir a capacidade de geração de energia, identificar os custos iniciais (como equipamentos, instalação e manutenção), estimar o retorno financeiro para os cooperados e analisar o mercado para entender o potencial de expansão.
O plano também deve abordar o modelo de distribuição de energia e como os créditos serão alocados entre os membros.
Um bom plano de negócios serve como guia para as decisões estratégicas e facilita a captação de novos cooperados e parceiros.
2. Buscar orientação jurídica e contábil
É fundamental contar com apoio jurídico e contábil especializado durante o processo de criação da cooperativa.
Um advogado pode auxiliar na redação do estatuto social, assegurando que a cooperativa siga as leis estabelecidas pela Lei nº 5.764/71, que regulamenta as cooperativas no Brasil.
Além disso, é necessário consultar um contador para organizar a parte financeira, assegurando que a cooperativa esteja devidamente registrada e siga as normas tributárias aplicáveis.
A consultoria jurídica também pode ajudar a entender as regras específicas para participar da geração distribuída de energia, conforme regulamentado pela ANEEL.
3. Registrar a cooperativa
Após a elaboração do plano de negócios e o estabelecimento das orientações legais, o próximo passo é registrar formalmente a cooperativa.
Esse processo envolve o registro da entidade na Junta Comercial e no CNPJ, além de inscrever a cooperativa junto à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Esse registro garante que a cooperativa tenha personalidade jurídica e possa atuar legalmente, firmando contratos, negociando com fornecedores e participando de programas de compensação de créditos de energia.
Seguir esses passos iniciais com cuidado é essencial para garantir que a cooperativa de energia solar esteja bem estruturada e preparada para crescer e gerar benefícios para todos os cooperados.
Quanto custa montar uma cooperativa de energia solar?
Agora que sabemos tudo isso sobre como ter energia compartilhada, chegamos no ponto mais importante que é no quanto esse investimento vai custar para você.
O custo para montar uma cooperativa de energia solar pode variar bastante, dependendo de fatores como a capacidade de geração de energia, o tamanho da usina fotovoltaica, a localização e os custos associados à legalização e operação.
Contudo, é possível estimar os principais custos envolvidos:
- Investimento Inicial em equipamentos: O custo de instalação de um sistema solar fotovoltaico para uma cooperativa de porte médio pode variar entre R$4.000 a R$6.000 por kW instalado. Para uma usina de maior porte, com capacidade de gerar entre 50 kW e 1 MW, o investimento inicial pode chegar a valores entre R$200 mil e R$5 milhões. Esses valores incluem painéis solares, inversores, sistemas de montagem e cabeamento;
- Custos com legalização e estruturação: A formação de uma cooperativa envolve custos com registro em órgãos como a Junta Comercial e obtenção do CNPJ, além de despesas com advogados e contadores para a elaboração do estatuto e a formalização dos contratos. Esses custos variam, mas podem somar entre R$15.000 e R$30.000 dependendo da complexidade legal e do apoio jurídico necessário.
Esses são apenas os custos iniciais, e também é importante considerar os custos contínuos com manutenção, monitoramento e possíveis atualizações tecnológicas.
Vale a pena montar uma cooperativa de energia solar?
Montar uma cooperativa de energia solar pode parecer um desafio financeiro inicial, mas, a longo prazo, o investimento vale a pena. A possibilidade de dividir os custos com outros cooperados cria um modelo econômico mais acessível e sustentável.
Com um grupo maior, a cooperativa pode se beneficiar de uma economia de escala, que reduz os custos na compra de equipamentos e serviços essenciais, como a manutenção das usinas solares.
Além disso, o aumento no número de membros proporciona maior poder de negociação com fornecedores, o que garante melhores condições de pagamento e contratos mais vantajosos.
A diversidade de perfis entre os cooperados também ajuda a complementar as habilidades do grupo, facilitando uma gestão mais eficiente e profissional da cooperativa, fortalecendo o empreendimento.
No entanto, se os custos iniciais de uma cooperativa de energia solar ainda são um obstáculo para você, não precisa se preocupar! Existe uma alternativa igualmente vantajosa: a energia por assinatura.
Esse modelo inovador permite que você acesse energia limpa e renovável sem os altos investimentos necessários para instalar painéis solares em sua casa ou negócio.
A energia por assinatura oferece economia na conta de luz — que pode chegar até 20% —, sem a necessidade de infraestrutura própria, como usinas solares ou painéis, além de ser uma solução prática e sem burocracias.
Então, se você quer aproveitar os benefícios da energia solar de maneira simples, comece agora!
Com o serviço de energia por assinatura da Sunne, você economiza, usa energia limpa e ainda contribui para um futuro mais sustentável. Clique aqui para saber mais e fazer parte dessa revolução energética!