A geração distribuída de energia é uma forma de gerar energia própria usando o poder do Sol. Isso é um resultado do grande interesse por fontes de energia limpa e renovável que vem crescendo a cada dia no país.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a geração distribuída de energia ultrapassou a marca de 21 GW de potência instalada em maio de 2023, somando quase 2 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados à rede elétrica e algo em torno de 2,5 milhões de unidades consumidoras.

Como é possível ver, a geração compartilhada de energia distribuída é um modelo de geração de energia que só cresce. Portanto, se você quer saber mais sobre esse modelo e suas vantagens, continue lendo!

O que é geração distribuída de energia?

Vivemos em um país com fonte ilimitada de recursos naturais, especialmente, as renováveis. 

Temos Sol o ano inteiro, além de possuir as maiores bacias hidrográficas e só recentemente estamos conseguindo ver o poder que esses recursos possuem para gerar energia limpa sem causar impactos socioambientais.

E agora que você já entendeu o quão sortudos somos, a geração distribuída de energia (GD) é uma forma de expandir a nossa produção de energia.

Ou seja, é um modelo em que o consumidor tem a oportunidade de gerar sua própria energia usando painéis solares na própria localidade ou em outro local que seja próximo, desde que esteja na mesma região da concessionária.

Logo, a geração distribuída de energia solar é uma forma estratégica de distribuir energia para empresas e residências sem depender exclusivamente da concessionária local, além de aproveitar os recursos renováveis, como o Sol, vento e biomassa, para descentralizar a matriz energética do país.

Esse processo de distribuição, parte da energia poder ser usada para abastecer a demanda energética do imóvel e a outra parte pode ser injetada na rede elétrica da concessionária local que pode ser usada por outros consumidores.

Essa troca chama-se crédito de energia, ou como também é conhecido, crédito solar; que pode ser usado tanto por quem produz a energia para receber descontos na conta de luz em até 60 meses, quanto pode ser compartilhado com outros consumidores. 

Tipos de geração distribuída de energia

A geração distribuída de energia é um sistema em que a produção de energia elétrica é realizada em pequena escala, próxima ao local de consumo, geralmente por meio de fontes renováveis de energia. Existem vários tipos de geração distribuída de energia, incluindo:

1. Painéis solares fotovoltaicos

Vamos começar pelo mais comum de tipo de geração compartilhada de energia distribuída: os painéis solares. 

Eles convertem a luz solar em energia elétrica. Eles são instalados em telhados, paredes ou em áreas abertas e podem ser conectados à rede elétrica ou usados para alimentar diretamente dispositivos elétricos.

2. Turbinas eólicas

Outro tipo mais comum são as turbinas eólicas que convertem a energia do vento em energia elétrica. Elas são instaladas em áreas abertas e podem ser conectadas à rede elétrica ou usadas para alimentar diretamente dispositivos elétricos.

3. Cogeração

Já a cogeração é um processo em que a energia elétrica e térmica são produzidas simultaneamente a partir de uma única fonte de combustível, como gás natural ou biomassa. A energia térmica pode ser usada para aquecimento ou resfriamento de edifícios.

4. Microhidrelétricas

Essa é um tipo tão popular de geração distribuída de energia, mas as são geradas a partir da conversão da energia hidráulica em energia elétrica por meio de pequenas turbinas hidráulicas. É uma fonte renovável e pode ser instalada em rios e córregos.

5. Células de combustível

Já essas são geradas a partir da conversão direta de hidrogênio em energia elétrica por meio de células de combustível. É uma fonte limpa e eficiente de geração distribuída de energia, mas ainda é pouco utilizada devido ao alto custo de produção.

6. Biocombustíveis

Os biocombustíveis são produzidos a partir de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas, resíduos de madeira ou óleo vegetal usado. Eles podem ser usados para gerar energia elétrica em pequena escala.

Esses são apenas alguns exemplos de tipos de geração distribuída de energia. A escolha da fonte de energia mais adequada depende das condições locais, do custo de instalação e manutenção, da disponibilidade de recursos e da demanda de energia elétrica.

Quais são as vantagens da geração distribuída de energia?

Bem, a geração distribuída de energia (GD) apresenta diversas vantagens em relação à geração centralizada de energia, como conhecemos. 

Então, para exemplificar melhor, continue a leitura que vamos expor logo abaixo algumas das principais vantagens da geração distribuída de energia solar e mesmo de outro tipo de energia limpa:

Para começar, uma das principais vantagens da GD é a redução de perdas na transmissão e distribuição, pois ela é gerada próxima ou no local de consumo, o que reduz as perdas na transmissão e distribuição de energia elétrica, que ocorrem quando a energia é transportada por longas distâncias.

Outro ponto também é o aumento da segurança energética que a geração distribuída de energia pode oferecer, já que reduz a dependência de grandes usinas de energia elétrica e da rede de transmissão e distribuição de energia elétrica.

A redução de impactos ambientais é outra vantagem desse tipo de geração compartilhada de energia distribuída oferece, pois a energia utiliza fontes de energia renováveis, como a energia solar e eólica, o que reduz os impactos ambientais causados pela geração de energia elétrica a partir de fontes não renováveis, como o combustível fóssil.

Mas, talvez, uma das mais importantes seja a redução de custos de energia, pois reduz as perdas na transmissão e distribuição de energia elétrica e pode utilizar fontes de energia renováveis, com custos de operação e manutenção mais baixos do que as fontes de energia não renováveis.

Além disso, uma das vantagens é a melhoria da qualidade da energia elétrica, pois reduz as flutuações de tensão e frequência na rede elétrica.

E por fim, é importante ressaltar que a escolha da fonte de energia mais adequada depende das condições locais, do custo de instalação e manutenção, da disponibilidade de recursos e da demanda de energia elétrica.

Quais são as desvantagens da geração distribuída de energia?

Apesar da GD de energia ter várias vantagens, ainda assim, existem desvantagens que também merecem atenção, por exemplo, o custo inicial da instalação de um sistema que produz energia limpa, especialmente para a geração distribuída de energia solar que requer a instalação de um sistema solar fotovoltaico que podem custar algumas dezenas de reais. 

A manutenção desses sistemas também pode ser considerada uma desvantagem, pois precisam ser regulamente mantidos para garantir o pleno funcionamento, adicionando custos ao longo do tempo. 

Outra desvantagem também pode ser a intermitência, pois algumas fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica, são intermitentes, o que significa que nem sempre estão disponíveis. 

Isso pode dificultar a dependência exclusiva dessas fontes de energia, obviamente, depende da localização e condições climáticas.

Outra desvantagem que pode ser um pouco desencorajadora, são os custos de integração à rede que os sistemas de GD de energia, o que podem exigir investimentos em novas tecnologias para integrar de forma segura e eficiente.

A eficiência também é uma desvantagem, pois o sistema de geração distribuída de energia podem ser menos eficientes do que as fontes de energia tradicionais. 

Apesar dessas desvantagens, a GD de energia é uma tendência crescente no mundo todo e tem o potencial de revolucionar o setor de energia. Com o aumento do custo da energia e as preocupações com o meio ambiente, a geração compartilhada de energia distribuída  está se tornando uma opção mais atraente para consumidores e empresas.

Perspectivas da geração distribuída de energia

A partir de 2023, as perspectivas para geração distribuída de energia no Brasil são positivas. O governo brasileiro implementou políticas para incentivar o desenvolvimento da geração compartilhada de energia distribuída, incluindo incentivos fiscais e regulamentos de medição líquida. 

A medição líquida permite que os consumidores vendam o excesso de energia gerada por seus sistemas de energia distribuída de volta à rede, o que pode ajudar a compensar os custos iniciais de investimento.

Além disso, o Brasil possui abundantes recursos de energia renovável, incluindo energia solar, eólica e hidrelétrica, que podem ser aproveitados para geração compartilhada de energia distribuída. 

O país estabeleceu uma meta de gerar 45% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis ​​até 2030, o que provavelmente levará a um aumento do investimento em GD.

Além disso, espera-se que a demanda por eletricidade no Brasil continue a crescer, principalmente nas áreas rurais onde o acesso à eletricidade é limitado.

A geração de energia distribuída pode ajudar a atender a essa demanda e aumentar o acesso à energia nessas áreas.

No geral, as perspectivas para geração distribuída de energia no Brasil são promissoras, com políticas governamentais de apoio, recursos abundantes de energia renovável e demanda crescente por eletricidade.

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